Alterei o Onláine para evitar mal-entendidos...

quarta-feira, 2 de março de 2011

VESTIDA DE ROSA, CONFETE E SERPENTINA

VESTIDA DE ROSA, CONFETE E SERPENTINA

SESC Santos

Dia(s) 05/03
Sábado, às 17h30.

Inspirado no conto ´Restos de Carnaval', de Clarice Lispector, e em músicas de Chiquinha Gonzaga, considerada a primeira compositora de música popular para o carnaval brasileiro, o grupo criou uma apresentação em que dois atores-músicos desenvolvem a história utilizando-se de objetos comuns, bonecos e instrumentos musicais, animando-os. Com o Grupo Guardiões do Sonho. Auditório.

Com: Raquel Araújo e Monahyr Campos
LIVRE

Grátis

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Saída do Bloco Afro Ilú Obá De Min - Carnaval 2011

Ilu Obá canta "As Candaces - as rainhas mães"
Dia 04 de março de 2011 - início do desfile 21h00

Concentração a partir das 19h
Participação DJ Evelyn , MC Paula Pretta e Theo Werneck

Viaduto Major Quedinho S/N – Bela Vista – SP

Maiores Informações:
www.iluobademin.com.br
iluobademin@yahoo.com.br

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Glosando o mote

--------------"(...)não haverá borboletas se a vida não passar
por longas e silenciosas metamorfoses."
Rubem Alves
------------------------------

As metamorfoses longas e silenciosas são raras.
E como tudo ou quase tudo o que é raro é melhor, elas são as melhores.
O que me incomoda são as metamorfoses barulhentas.
Por isso trabalho com música: para metamorfosear os silêncios.
Monahyr Campos

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Agora o inimigo não é nada mais que variações sobre o mesmo tema

Agora o inimigo não é nada mais que variações sobre o mesmo tema

Tropa de Elite II - Agora o inimigo não é nada mais que variações sobre o mesmo tema. A meu ver, esse seria um excelente subtítulo para o longa que acabo de assistir.
Perplexo começo a ver diante de mim um desfile de lugares comuns absolutamente obsoletos com aspecto de novidade. E olha que não sou de assitir a filmes hollywoodianos.
Só que o roteiro não tem nada de original: quantos filmens estadunidenses exploram a relação sempre produtiva entre a bandidagem e os políticos corruptos? Com a diferença que, esses filmes endeusam um personagem principal que mata todo mundo pessoalmente e nunca se questiona, enquanto que, no caso de Tropa de Elite, o herói é um pouco mais complexo.

Alguém diria que se trata de um filme ruim? Eu não! É um excelente filme! Ótimo elenco e ótima trama. Cinematograficamente uma realização memorável. Trilha e sonoplastia impécáveis. Edição e fotografia idem. Quanto ao argumento (como critério de avaliação), diria que o roteiro fala de coronéis da polícia militar e, ninguém chega a ser coronel se for burro. O filme perde um pouco em verossimilhança nesse aspecto. Mas isso também não é relevante.

O que me deixou estupefato é a manutenção da defesa aos argumentos mais fascistas das ações mais fascistas das polícias mais fascistas. Critica-se acertadamente a polícia corrupta. A polícia assassina e fascista continua podendo absolutamente tudo, desde que seja 'honesta'. Chega a ser nojento.

O inimigo do personagem Nascimento é o sistema? Qual sistema? Não lembro de ter visto durante todo o longa-metragem uma palavra que seja acerca do sistema que transforma defensores da lei em assassinos e torturadores. Em qual trecho do filme ele questionou o sistema que corrompe os policiais ou a tia que aluga sua sala para milicianos? Ou será que eles já nasceram ruins?

Tive o enorme prazer de assistir novamente, ontem ao filme Avatar. Esse sim, questiona o sistema o tempo todo. Envolvido em uma aura de poesia como não visto há anos, no cinema mundial, principalmente, no cinema destinado a grandes bilheterias. E talvez por isso, tenha sido apontado como "previsível".

O roteiro de Tropa de Elite II - Agora o inimigo é outro - pode não ser previsível, mas suas falas são! E seus objetivos também. Adular os críticos que taxaram apropriadamente a primeira parte da trama de fascista. A meu ver, não conseguiu. Essa segunda parte é tão fascista quanto a primeira, afinal, mudaram o inimigo, mas mantiveram os métodos e o ponto de vista.

A impressão que fica é que o diretor "José Padilha" crê abertamente que não é o responsável pelas palavras que saem da boca de seus personagens. Ou tenta passar essa idéia.

Esse filme preparou terreno para as invasões nos 'morros' cariocas. Alicerçou a base de apoio popular para que as polícias pudessem praticar quaisquer perversidades em nome da manutenção da ORDEM e da PAZ. Intencionalmente, ou não, mais uma vez a vida "imita" a arte.

Vou finalizar com um exemplo: No começo do filme ouve-se a famosíssima frase "Bandido bom é bandido morto" antecedida da afirmação de que essa representa a opinião do povo. Quem quer que tenha convivido com policiais em qualquer parte do Brasil, sabe que esse é o lema das nossas polícias!!! Nenhum policial brasileiro acorda de manhã e vai trabalhar com a intenção de prender bandido. Eles saem para matar. (Já vemos aí uma inversão de valores. Mas piora). O povo mostrado, defendendo essa opinião, é, nada mais nada menos do que um bando de grã-finos, em um restaurante de luxo, onde almoçam políticos e empresários. Essa parcela da população realmente 'pensa assim'. Só não creio que alguém possa considerá-la povo.

Monahyr Yehan Ododô Campos