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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Histórico das manifestações II - 2013



No dia 12 de junho, quase a totalidade dos 55 vereadores eleitos da Câmara Municipal de São Paulo repudiaram os protestos em discurso, denominando os participantes de "criminosos", "marginais" e "delinquentes". O líder de governo na Câmara, Arselino Tatto, afirmou que dentre os manifestantes, haveria "infiltrados" na passeata com a intenção de desestabilizar o governo municipal. Durante a sessão, o único legislador a se pronunciar a favor dos protestos foi o vereador Toninho Vespoli, que foi também objeto de críticas dos seus colegas pela participação nas manifestações.
O blogueiro (sic) Reinaldo Azevedo criticou duramente os manifestantes em seu blog, chamando-os de "terroristas", "baderneiros" e "ligando" os protestos ao Partido dos Trabalhadores.
O senador Aloysio Nunes também se referiu aos manifestantes como "baderneiros" e defendeu a ação enérgica da polícia, além de ter criticado o prefeito Fernando Haddad por reconhecer abusos por parte da polícia antes de qualquer investigação sobre o caso. Em resposta, o Movimento Passe Livre declarou que os atos de vandalismo foi introduzido pela polícia militar.
A partir do dia 17 de junho, passaram a ocorrer manifestações de repúdio à presença de bandeiras de partidos políticos nas manifestações. Os que portavam bandeiras, por outro lado, qualificaram a intolerância às bandeiras partidárias como fascismo.
Para o cientista político Fábio Wanderley Reis, existe neste movimentos uma propensão "anti-institucional" e "antipolítica".
Muitos defendem a presença de partidos em manifestações e criticam o teor anti-partidário existente.[carece de fontes] No entanto, ainda não está claro se o movimento seria majoritariamente apartidário ou anti-partidário.[carece de fontes] Alguns analistas a mando do governo federal levantaram um boato de que essa mobilização social poderia ser tomada por grupos anti-democráticos e fascistas, com o objetivo de sufocar o seu alcance popular. Por outro lado, há também analistas que explicam que apartidarismo não seria um posicionamento próximo do fascismo.[carece de fontes] Apesar da presença de grupos fascistas nas manifestações, a grande maioria das pessoas não possuía um posicionamento político claro.
Nas palavras de um comentarista, “feministas, negros, gays, lésbicas, sem-teto sempre denunciaram a violação de seus direitos pelos mesmos fascistas que, agora, tentam puxar a multidão para o seu lado”. No entanto, a disputa para a absorção dessa massa insatisfeita já começou e não se sabe se essa massa será facilmente manobrável em direção a determinada ideologia ou se a mesma reivindicará por mudanças fora do espectro partidário. Mas está claro que há um déficit de democracia participativa que vai ter que ser resolvido.
* A ação policial a fim de conter os manifestantes recebeu duras críticas, especialmente após os protestos do dia 13 de junho. A organização não governamental (ONG) Anistia Internacional publicou uma nota onde critica a violenta resposta policial às manifestações populares, dizendo que "vê com preocupação o aumento da violência na repressão aos protestos contra o aumento das passagens de ônibus no Rio de Janeiro e em São Paulo" e que "também é preocupante o discurso das autoridades sinalizando uma radicalização da repressão e a prisão de jornalistas e manifestantes".
Outra ONG, a Repórteres Sem Fronteiras (RSF), divulgou uma nota condenando a repressão aos protestos e a prisão de jornalistas e manifestantes. Benoît Hervieu, representante regional da RSF, afirmou que "a Constituição brasileira está sendo desrespeitada" e que "além da brutalidade dos policiais, as acusações contra os jornalistas não têm fundamento." Ex-comandantes da Polícia Militar consultados pelo jornal O Estado de S. Paulo também apontaram falhas na coordenação, planejamento e execução da operação.
De acordo com o Movimento Passe Livre (MPL), houve cerca de cem feridos no centro da cidade, dentre quais sete jornalistas do jornal Folha de S. Paulo; dois deles atingidos por tiros de bala de borracha na cabeça. Um fotógrafo d'O Estado de S.Paulo acusou um policial de atropelá-lo de propósito com sua viatura no momento em que registrava o momento em que um outro carro da polícia passava por cima de uma barricada em chamas montada pelos manifestantes. Um fotógrafo da Futura Press foi atingido no rosto por uma bala de borracha e corre o risco de perder a visão no olho ferido. No meio do trajeto do quarto protesto, os manifestantes, que agiam de forma pacífica, foram recebidos com truculência pela tropa de choque da PMESP, que iniciou o confronto em diversos pontos com o objetivo de dispersar o movimento. O grupo, em nota, afirmou que entraria com uma representação na Justiça contra a Polícia Militar após a ação do dia 13.[carece de fontes] O prefeito da cidade, Fernando Haddad, reconheceu que o protesto do dia 13 de junho foi marcado pela violência policial e o secretário de Segurança Pública de São Paulo pede investigação sobre possíveis abusos da polícia militar.

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